quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Minha seleção de 14 contos (entre os 56 ao todo) do livro fantástico "Utopia" (Andross Editora, 2014)

Inocência - pg. 37 - pontos de vistas opostos sobre uma questão trágica sobrenatural.

Uma pequena história sobre o amor - p. 73 - uma belíssima e sensível história sobre uma bailarina em tragédia. e sua boneca comovida e solidária.

Submarino - p. 91 - interessante visão sobre a Atlântida transposta para o mundo moderno cotidiano.

A Morte e a Arte - p. 133 - pra quem acredita no poder da arte.

O bloqueio criativo - p. 155 - conto metalinguístico sobre o ofício de escritor, com muita coisa sobrenatural envolvido. muito divertido!!!

Um presente do mar - p. 151 - uma sereia. contemplada de modo sublime, simples e curto.

Os pedidos perpétuos de Kalahan, o rei - p. 171 - divertida lembrança do toque do rei de Midas ou da lâmpada de Aladim e o gênio da lâmpada.

Eu e minha cauda - p. 223 - uma abordagem nada sublime - e bem divertida! - sobre ser um tritão. com direito à necessidade de banheira pra viver numa casa convencional do século XXI.

Chip - p. 349 - divertida história sobre transferência de memórias!



Claro que tb não posso deixar de mencionar as histórias minha e dos meus talentosos amigos escritores (sem puxa-saquismo; tenho mesmo muita sorte de ser amigo de gente tão inteligente e criativa):

Dádiva de sangue - p. 67 - linda história do hoje amigo Sandro Moura sobre um dragão, uma aprendiz de feiticeira e a importância das sutilezas das palavras... e do espírito.

A árvore, o filho e o livro - p. 181 - conto pós-apocalíptico que daria um livro inteiro, trabalhando com esses três itens do tradicional provérbio, numa delicada lembrança de pai e filho. texto do hoje premiadíssimo (três prêmios Strix da editora Andross) amigo autor Hugo Sales

Família Dragão - p. 233 - meu conto sobre... o que indica o título, rs. invertendo o ponto de vista tradicional da clássica caçada a dragões de fantasia medieval.

Um sonho de escuridão - p. 247 - duro e torturante conto da amiga Cláudia Mina sobre um demônio que tenta buscar Deus pessoalmente no Céu, rapta uma humana... e lhe faz passear por um eterno cenário de apocalipse.

O artefato - p. 257 - conto do hoje amigo autor Thiago Lee sobre um sobrevivente que perseguiu de modo implacável um objetivo... que sacrificou tantos à sua volta, após tantas aventuras. valeu a pena tanto poder?

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Marina Silva presidente em 2018? Adeus PT e PSDB também?

Vejam só. Tem mto chão pela frente até 2018 ainda, mas... ao menos as perspectivas não são tão péssimas assim. De tanto desgaste do PT, uma terceira via se abre. Sim, não sou PTista, muito menos PSDBista ou PMDBista. E o Brasil tb ficou cansado mesmo de PT? Ótimo. Tb não quer voltar ao PSDB? Melhor ainda.

Marina e A Rede será melhor? Não sei, claro que o lado evangélico cristão dá um certo medo, e espero que realmente se ela for eleita não ceda para a Bancada Evangélica tanto a ponto de fazer o Brasil regredir ainda mais em questões importantes progressistas (pouco provável que não ceda, contudo, sendo uma base de apoio tão importante dessa senhora).
Porém de todos eles ao menos podemos ter mais esperança na questão ambiental, pelo histórico ativista da senhora acreana. Outro receio ainda é por ela parecer tão franzina, frágil. Não parece ter muito pulso firme. Será que mesmo assim seria capaz de guiar uma nação do tamanho do Brasil? É o que veremos.

A Herança do Povo Negro e o Esforço dos Imigrantes Japoneses e Italianos

Conversei agora sobre o fato de eu ter convocado duas amigas negras propositalmente para o blog de viagens q montei. Fui questionado se isso não seria preconceito. Se não seria falta de interesse. E forçar a barra. 
Recordei que nas faculdades em q estudei na USP, Jornalismo e Engenharia; e agora mestrado em Artes, não vi negro nenhum praticamente. Eles só aparecem em cursos tão tão difíceis. Não pode ser coincidência.
Ouvi então que as cotas raciais não seriam válidas pq cada um tem que se esforçar e conquistar por seus próprios méritos. Veja os japoneses, italianos. Ralaram muito. 
Sim. Mas pq o Brasil chamou tanto imigrante? Tinha tanto negro aqui livre. Só posso concluir que aos negros sequer era permitido ralar legalmente. 
Pq não eram tidos como dignos de trabalho livre. Oportunidades iguais não existem não. Mto menos em nossa História. E cada povo guarda sua herança. Conforme sua cor e etnia tbm.

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A seguir, incluo depoimento da amiga negra Denise Rodrigues, a única negra ou quase que conheci, creio, num evento de literatura fantástica na livraria Leitura, do shopping Cidade, na av. Paulista: 

"Esse discurso é muito comum. E não só ao se falar de cotas, mas também de oportunidades, participação dos negros na sociedade, cargos de chefia, racismo e preconceito. Primeiro que muitos desconhecem o que houve pré, durante e pós escravidão... Muitos sequer sabem que o Brasil foi o último país ocidental a abolir a escravidão e que isso só tem 128 anos. 

E que não foi bonitinho, os negros escravizados tinham seus conhecimentos técnicos em determinadas áreas e com a abolição, senhor nenhum queria pagar por algo que já fora de graça. Os negros foram segregados e tão rapidamente quanto, começou-se a política de imigração... Justamente para embranquecer um Brasil Afro. Daí vieram japoneses, italianos, espanhóis e tantos outros... Enquanto os imigrantes ganhavam terras, os negros mesmos livres não podiam adquirí-las e ainda foram expulsos de onde moravam e as favelas começaram a se formar. 

Teve - e ainda tem, muito trabalho negro, sim! Houve muito esforço, suor e sangue. Mas quem comanda(va) a balança do "mérito" não nós acha(vam) dignos.

E digo "nós", porque somos reflexo do que fomos ontem, das nossas heranças. Parafraseando o que foi dito pela atriz Viola Davis, não dá para ter mérito se não houve oportunidade. 

Recomendo muito a leitura de "Cultura e Identidade Brasileira", de Renato Ortiz. Que aborda esse embranquecimento e como isso afetou a cultura brasileira."

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Sobre o livro indicado: 

Resenhas: 
http://ajudaestudanteuniversitario.blogspot.com.br/2012/12/resenha-critica_6.html 
http://www.faex.edu.br/_arquivos/_revistas/537748001371674290_11.pdf 

À venda:
http://www.livrariacultura.com.br/p/cultura-brasileira-e-identidade-nacional-121255 https://www.estantevirtual.com.br/b/renato-ortiz/cultura-brasileira-e-identidade-nacional/1469730744 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Gleisi Hoffmann: ataque a privilégios, vaquejadas e investigada na Operação Lava-Jato

Certamente a ex-ministra e senadora citada Gleisi Hoffmann está sendo investigada, indiciada pela Polícia Federal, MPF, STF, citada em delação premiada da Operação Lava Jato no caso Petrobras, por propinas e desvios de dinheiro. Porém, a investigação não foi concluída, então não podemos julgar, nem temos elementos para provar nada contra alguém. É claro que se todas essas entidades estão investigando, há boas chances de haver culpa no cartório.

No entanto, mesmo que haja, isso não desmerece o discurso citado pela Francielle Biglia: de fato algum senador PRECISAVA dizer o que ela disse. É fake? É hipocrisia? Não sei. Mas algum outro senador disse isso em rede nacional como ela? Por que realmente é uma VERGONHA nosso Congresso e presidente Temer quererem cortar gastos com educação e direitos sociais de quem realmente precisa enquanto mantêm seus privilégios de aristocracia, como nos tempos feudais.

(Ver discurso em vídeo no link: https://www.facebook.com/PTnoSenado/videos/1152741308137370/?pnref=story )

Cabe salientar que foi um projeto de lei da senadora Gleisi que acabou com os absurdos 14º e 15º salários dos parlamentares: "Depois de dois anos em tramitação no Congresso, o projeto foi aprovado pela casa em fevereiro de 2013. O projeto previu uma redução nos custos de quase R$32 milhões." - http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2013/02/27/camara-aprova-por-unanimidade-fim-do-pagamento-de-14-e-15-salarios-a-parlamentares.htm - Ou seja, esse é um exemplo de atitude política séria e extremamente necessária ao nosso país que demonstra uma total coerência com o discurso supra citado.

Na mesma linha, ela foi, em 1999, secretária de Reestruturação Administrativa, no Mato Grosso do Sul, quando promoveu corte de gastos e cargos comissionados. Fora isso, em Itaipu, desenvolveu ações de responsabilidade social para funcionários, comunidade de Foz do Iguaçu e Paraguai, como reestruturação do Hospital Ministro Costa Cavalcanti e criação da Casa Abrigo, voltado a mulheres e crianças vítimas de violência doméstica.

Considerações finais: Não é porque alguém é acusado que é culpado, fundamento básico do Estado de Direito; (2) Mesmo que alguém tenha culpa no cartório, pode sim fazer coisas muito benéficas e necessárias para a sociedade, e deve sim ser elogiado por isso, ainda mais se seus pares não o fazem.

(3) Aliás, cumpre ressaltar ainda a crítica que ela fez às vaquejadas, aprovadas como "patrimônio cultural" do Brasil pel Congresso e Temer, mesmo o Supremo Tribunal Federal tendo antes concluído que são de fato uma cultura violenta e ultrapassada. Uma afronta a quem prioriza a paz e os direitos animais. ( https://www.youtube.com/watch?v=j1NFE_IWI6Y )



(4) Eu também não sou apoiador do PT, porém não é porque uma pessoa faz parte de uma entidade que critico, que automaticamente tudo o que ela faz é ruim. Isso é algo de bom senso, não?

Abraços.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

7 pessoas são assassinadas por hora no Brasil, boa parte negros e pobres

Segundo o Atlas da Violência do Ipea e Fórum Brasileiro de Segurança Pública, há um homicídio no Brasil a cada 8 minutos e meio (pelos meus cálculos a partir do total no ano).
São 7 homicídios por hora.
167 assassinatos por dia.
59.626 homicídios em 2014, o último ano verificado.
ALVO PRINCIPAL: POUCO ESCOLARIZADOS, NEGROS E POBRES
"A pesquisa também mostra que o nível de escolaridade é um fator determinante para se identificar os grupos mais suscetíveis às mortes por homicídio. Segundo o Atlas da Violência, um jovem de 21 anos, idade de pico das mortes por homicídios, e com menos de sete anos de estudo tem 16,9 vezes mais chances de ter uma morte violenta do aquele que chega ao ensino superior.
A situação socioeconômica é outro fator determinante para o risco de morte. O balanço do IPEA e do FPSP mostra que, aos mesmos 21 anos, as chances de jovens pretos e pardos, que representam a maior parte da população pobre no Brasil, morrerem por homicídios são 147% maiores do que de jovens de outros grupos étnicos. O estudo ainda aponta que, entre 2004 e 2014, houve um crescimento de 18,2% de homicídios contra negros, e uma diminuição de 14,6% contra pessoas que não são pretas ou pardas.
LETALIDADE NA AÇÃO POLICIAL
O levantamento também alerta para o fenômeno da subnotificação de mortes causadas pela polícia. Segundo os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, foram oficialmente registrados 3.009 óbitos provocados por ações policiais no país em 2014. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia são, respectivamente, os mais afetados, com 965, 584 e 278 óbitos registrados. Esses dados, no entanto, quando comparados aos de um outro sistema de contagem, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), revelam uma discrepância: de acordo com o SIM, houve 681 mortes por intervenções legais. Pelo primeiro sistema, o número é 341,85% maior.
A análise da série histórica de 2004 a 2014 mostra 6.665 óbitos contabilizados pelo SIM e 20.418 constam nas estatísticas do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, uma diferença de 205,43%."
Leia mais sobre esse assunto no site do jornal O Globo

sábado, 15 de outubro de 2016

Comparativo entre máquinas de débito e crédito

O que vale mais a pena? Uma das 4 opções de máquinas do PagSeguro pra débito e/ou crédito: https://pagseguro.uol.com.br/venda-presencial/

Ou a do Mercado Livre, a Mercado Pago? ->https://www.mercadopago.com/mp-brasil/point/point-h…

Se for pra obter uma máquina que independa do celular (o que pode ser uma boa cautela, pq meu celular frequentemente dá problema, é lerdo e descarrega bateria), parece que a máquina do Mercado Livre vale mais o custo-benefício, porque custa R$ 334,80 (ou 12x R$ 27,90); além disso, ela leva 1 dia útil pra débito e 14 dias vendas com crédito.

Ao passo que a Moderninha, máquina que não precisa do celular do PagSeguro, custa R$ 598,80 (ou 12x R$ 49,90). Além disso, leva 30 dias pra passar o valor qdo é crédito. Débito tb é 1 dia útil.

Ou poderia arranjar uma das duas opções mais baratas do Pagseguro, mas que dependem de celular. Como o Leitor de Crédito: R$ 118,80 (12x R$ 9,90); ou a Minizinha, de R$ 238,80 (12x R$ 19,90); a vantagem desta em relação à primeira mais barata é que também aceita débito além do crédito. .

Apesar de aparentemente a do Mercado Pago compensar, não sei tb, pq nunca vi gente usando por aí a deles, só a do PagSeguro. Será uma oportunidade boa só carecendo de divulgação?

domingo, 25 de setembro de 2016

O que minha sensei amiga me ensinou...


[Foto de 20 de agosto de 2014, durante lançamento do livro "Horas Sombrias", primeiro livro em que a Marcia publicou, e em que nós publicamos juntos; exatamente dois anos do derrame que conduziu à sua partida.]

A Marcia-sensei podia ter sido só mais uma professora de japonês que me deu aula, num mês intensivo de curso diário, em 2010. Mas ela acabou também se tornando uma de minhas melhores amigas, sensível apoiadora e entusiasmada escritora. Tenho a honra de tê-la estimulado a parar de esconder sua criação literária e publicá-la em livros. Colaborativa e coletivamente, como também comecei, primeiro nas antologias da editora Andross.
Conservo o e-mail que ela me enviou, há dois anos e meio (09/03/2014), pelo qual tive o primeiro contato com sua literatura: “Oi! to te mandando só um conto, como amostra do que saiu da minha mente... Será que vale a pena correr atrás de uma publicação?... bj”. Tratava-se do conto “Anjo das Trevas, Anjo de Luz”, que ela inicia com uma epígrafe fazendo referência a “vestes brancas” e “grande tribulação”. O que para mim simboliza a pureza de alma da sensei [professora, em japonês] que conheci, e das dificuldades pessoais pelas quais ela passou e comigo compartilhou.
Respondi no dia seguinte: “Caramba! Manda esse conto para a antologia de terror "Horas Sombrias", a sucessora da "Mentes Inquietas"! Muito legal! Mesmo eu meio avesso a coisas religiosas, não importa... esses elementos foram trabalhados de forma dramática em sua história, não ficou forçado, mas sim natural. Criou um drama e horror muito forte. Fiquei boquiaberto. […] Parabéns! :)” E ela dizia que eram “só textos pra aliviar a tensão”, como tudo o que ela escrevia tinha elementos autobiográficos.
Já no mês seguinte, exatamente no dia de lançamento de meu primeiro romance (26/04/2014), outro e-mail dela dizia: “sonhos eu tenho um monte! Vendo vc se realizar, eu me sinto super encorajada, sabe?” Como é belo ver essa conexão artística fraterna que ela sentiu comigo. Ela nos deixou cedo e de repente, mas também deixou lições de humildade, esforço e companheirismo.
Seja me apoiando amiga e dando forças na época de minha mais sombria depressão; incentivando-me com o próprio exemplo dela a progredir nos estudos de Letras, ainda que tardiamente e que minha primeira faculdade não tenha sido nessa área (ela se formou primeiro em Design, para depois se formar em Letras Português/Japonês na USP); incluindo-me neste grupo de escritores que agora a homenageia; e até mesmo retirando por solidariedade a própria participação de conto dela em mais um livro em que teria publicado, apenas porque o organizador me destratou.
Para finalizar, seu último ato para mim foi que, em 19/08/2016, na véspera do derrame que a tirou de nós, me escreveu pelo Facebook só pra dizer que a camiseta com a arte que pintei e ela tinha comprado — uma para ela e outra para a sobrinha — estava trazendo efeitos, pois a amiga com quem tinha almoçado afirmou ter se sensibilizado com o porquinho “kawaii” [fofinho] desenhado e então não comeu carne nesse dia. “Isso significa que a mensagem que você quis passar funcionou e muito!”, analisou ela. E concluiu: “eu fiquei feliz! J achei justo contar isso pra vc”. Obrigado, sensei.

Maurício Kanno
21 de setembro de 2016 

(Texto escrito exatamente 1 mês após a partida dela, produzido especialmente como prefácio do livro "Marcia - Contos e Poemas de Marcia Miyasaki", a ser lançado no evento Livros em Pauta, em 8 de outubro de 2016.)

domingo, 6 de março de 2016

Arquivo no Word com imagens muito pesado?

Informação muito importante para quem tá montando um arquivo no Word com várias imagens: basta salvar em .doc e não em .rtf que fica tudo bem e seu arquivo não terá um tamanho monstruoso. ;)

É sério: ao salvar um arquivo .rtf como .doc... simplesmente ele saltou de 58 megas para 4 megas de tamanho!!! Mantendo toda a formatação e qualidade anterior!!!

E é claro, não jogue as imagens lá dentro com control C, control V; e sim, pela função Inserir -> Arquivo -> Imagem.... E reduza o tamanho de todas as imagens que for usar por algum editor de imagens antes de colocá-las lá dentro, hehe.